sábado, 25 de fevereiro de 2012

Alma dispersa

Hoje eu a vi em sua intimidade
Discutindo consigo mesma em um fragmento passado de realidade
Tentando convencer-se de que estava certa
E que todos eles erraram contigo... todos...

Seus gestos eram de quem realmente conversa
Dialoga com seus sofrimentos
Tenta afugentar os ressentimentos
E naquele momento, sua alma se dispersa num mar de lembranças

De repente, você levanta a cabeça...
E em seu olhar perdido não me percebe furtivo fitando seus lamentos
Nesse momento uma dor dilacerante me acomete
Estou te perdendo...

Nunca nos tivemos de fato
Nossa distância parecia insignificante
Porque sabia que estaria por perto
Do seu jeito... mas estaria...

Agora, não importa os afagos
As tentativas de aproximação
Em sua confusão, em seus labirintos,
Não há lugar onde eu possa me aninhar
Você se recolhe em si mesma, e eu não consigo te encontrar

Por favor não vá...

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