sexta-feira, 30 de março de 2012

Ensino de Artes - Profª. Cíntia Cânovas

FAUVISMO

"No Fauvismo a cor é importante. Esta técnica foi apresentada pela primeira vez por um grupo de artistas numa exposição realizada em Paris, no ano de 1905."

Trabalho dos alunos do 9º Ano
Tema - Livre
Técnica - Colagem

Daniel Felipe Zanatta

David Henrique Paes dos Santos

Maria Julia Dezoppa

Mariana - 9A

Daniele H. Martinho

Lucas Augusto e Wesley Almeida

Ensino de Artes - Profª Cíntia Cânovas

EXPRESSIONISMO

"... O artista expressionista, vive o drama individual do ser humano e da sociedade. A infância infeliz, a miséria, a exploração do trabalho, os vícios e as injustiças. Nesse sentido, a agustia humana é o tema prediletos dos expressionistas.

Trabalho dos alunos do 9º Ano:
Tema - os problemas do mundo atual
Técnica - giz de cera
Guilherme dos Santos 

Lucas Augusto Botão Pereira

Maria Julia Dezoppa

Aldrik Leon F. Pessoa

Gabriela - 9A

Jessica Paola Pereira

Mariana Conceição

quinta-feira, 29 de março de 2012

Em Botucatu, projeto de equoterapia ajuda no desenvolvimento de crianças

A cada galope, um movimento diferente, mas sincronizado como se fosse um só corpo. O contato e respiração também são intensos. E então, de repente, surge um sorriso. Aquele animal imponente, que antes metia medo, agora é o melhor amigo de atividades físicas.

Desde março de 2010, cerca de 50 crianças, alunas da Escola Municipal de Educação Especial “Professora Nair Peres Sartori”, e de outras quatro unidades de Ensino Fundamental (Cardoso de Almeida, Rafael de Moura Campos, Jonas Alves de Araújo e Antenor Serra) participam de um projeto de equoterapia no Rancho São Francisco, localizado às margens da Rodovia Gastão Dal Farra, em Botucatu.

O trabalho com cavalos beneficia crianças que possuem dificuldades de aprendizagem, hiperatividade, dislexia, déficit de atenção e problemas de comportamento, tais como conduta de agressividade ou dificuldade de socialização.

Devido aos bons resultados no desenvolvimento destas crianças, a Prefeitura de Botucatu renovou mais uma vez, no início deste ano, o convênio com o Rancho São Francisco. “É uma atividade extra que só agrega valor às nossas crianças. O carinho, respeito, a paciência para com o próximo são estimulados no contato com o animal e todos esses quesitos são assimilados e praticados dentro e fora da sala de aula”, enfatiza o secretário municipal de Educação, Narcizo Minetto Júnior.

A seleção dos alunos é feita pelas coordenadoras pedagógicas das escolas, levando em consideração a necessidade de cada um. Assim, os mais necessitados de terapia são convocados e, em seguida, é enviada uma solicitação aos pais para que estes autorizem a participação da criança no projeto de equoterapia. Se a mesma não puder participar, será convidado um aluno da lista de espera.

Caso as coordenadoras concluam que a criança esteja com algum problema que não permita a prática de equoterapia, será solicitado aos pais ou responsáveis um atestado médico comprovando que ela se encontra liberada para fazer parte do projeto.

A instrutora Maria Gabriela Araújo afirma que a equitação traz muitos benefícios aos praticantes, tais como melhoras na concentração, equilíbrio, coordenação, postura, memória, autoconfiança e até mesmo maior sociabilidade. “A relação do aluno com os animais e com o campo é uma forma de estimular sentimentos como confiança, respeito e amizade”, diz.

As aulas no Rancho São Francisco reiniciaram dia 28 de fevereiro para as escolas de ensino fundamental e dia 12 de março para a Escola Especial Nair Peres.

Equipe – A Prefeitura de Botucatu contrata os serviços do Rancho São Francisco para a realização do projeto. A equipe é constituída por Maria Gabriela Araújo e Catarina Metzler, instrutoras de equitação; Lucas Langoni Cassetari, fisioterapeuta; Milena Sartor Sacamone Savini, fisioterapeuta e pedagoga; e Carolina, psicóloga.

Transporte e alimentação - O rancho fica responsável também pelo transporte e alimentação dos alunos durante as atividades. Para tanto, foi estabelecida uma parceria com a empresa Sant’Anna e a Padaria Seranto.

Aulas para reabilitação – Este ano, os alunos da Escola de Ensino Especial Nair Peres Sartori terão suas aulas no Rancho São Francisco todas as segundas-feiras na parte da manhã.

Como se trata de pessoas que possuem autismo ou algum déficit mental, é elaborada para elas uma proposta de trabalho diferenciada e voltada para reabilitação, coordenação, equilíbrio e estímulo da autoconfiança.

PAEDA - Nas atividades com as crianças das escolas da 1ª a 4ª série, que possuem transtornos de aprendizagem específicos, a equipe tem aplicado o Programa de Atendimento Equoterápico nos Distúrbios de Aprendizagem (PAEDA).

Este método utiliza trabalhos e exercícios que desenvolvem as habilidades específicas dos alunos, tais como memória, percepção e atenção. Vale ressaltar que o Rancho São Francisco é um dos três únicos centros no Brasil que utilizam o PAEDA.

As escolas de ensino fundamental participam do projeto todas as terças, com 20 alunos na parte da manhã e outros 20 à tarde.

Serviço
Rancho São Francisco
Rodovia Gastão Dal Farra, km 4,5
E-mail: rancho.saofrancisco@hotmail.com

fonte: http://www.botucatu.sp.gov.br/home.asp?include=mostra_noticias&id_video=&id_radio=&id_noticia=13528

quarta-feira, 28 de março de 2012

Saiba usar os diversos “Porquês”

Embora quase ninguém, hoje em dia, se preocupe em escrever corretamente o Português, mostramos aqui 4 regrinhas para o uso correto das diversas formas da palavra “porque”.

1. Use “por que” (separado, SEM acento):

Em frases interrogativas.
Ex.: Por que você me deixou esperando todo esse tempo?;
Por que você não se habitua a ler jornais.

Em afirmações, desde que no seu emprego esteja a idéia de motivo, causa, razão, pelo qual, para que.

Ex.: Não sei por que esse aluno é tão rebelde;
O deputado explicou por que precisa de mais tempo para apresentar seu relatório; Era o apelido por que (pelo qual) era conhecido; O assessor estava ansioso por que começasse a votação.

2. Use “porque” (tudo junto, SEM acento):

Quando a pergunta é acompanhada de uma hipótese de resposta.

Ex.: Você não votou porque é contrário ao projeto?
Essa medida provisória merece prosseguimento na tramitação porque é urgente?.

Quando uma locução introduz uma explicação, um motivo.

Ex.: O deputado disse que votou contra o projeto porque o considerou lesivo aos interesses do país.

3. Use “por quê” (separado, COM acento):

Quando colocado no final da frase ou antes de pausa, tiver o sentido de motivo, razão pela qual.

Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê;
Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê
ninguém lhe dava atenção. Você faltou à aula por quê?.

4. Use “porquê” (tudo junto, COM acento):

Quando for substantivado (ou seja, usado como substantivo), no lugar de um desses:motivo, causa e forma, com a preposição “por”, uma só palavra.
Ex.: Não entendo o porquê da sua revolta;
A mãe deixou de fazer o almoço e não explicou o porquê;
Há muitos porquês para a queda do edifício.


fonte: http://www.vocesabia.net/curiosidades/saiba-usar-os-diversos-porques/

terça-feira, 27 de março de 2012

mini-cidade simula regras de trânsito às crianças

A Secretaria Municipal de Transporte (Semutran), em parceria com a Educação, promove até o próximo domingo (1º) o programa “Na Pista Certa”, da seguradora Mapfre, que visa à conscientização de crianças para um trânsito seguro.

O projeto está sendo executado desde segunda-feira (26), ao lado do Ginásio Municipal de Esportes “Dr. Mario Covas Junior”, onde mais de 980 alunos do Ciclo Básico I devem participar das atividades que acontecem das 8 horas às 10h30 e das 14 horas às 16h30, durante toda a semana. No sábado (31) e domingo (1º) o programa será aberto ao público em geral, das 9 horas ao meio-dia e das 13h30 às 16 horas.

No local, uma verdadeira cidade de trânsito mirim foi montada para a visita dos alunos, na qual monitores treinados apresentam conteúdos de segurança viária, tais como regras de sinalização de trânsito e convivência, e de valores como solidariedade, respeito, inclusão, gentileza para a segurança e integridade das pessoas.

Além disso, o projeto informa e conscientiza sobre as relações entre transporte privado / coletivo e meio ambiente, abordando temas como emissão de gases poluentes, poluição sonora, entre outros assuntos.

Primeiramente, as crianças assistem a um teatro didático, e em seguida são encaminhadas para a aula prática, onde, orientadas pelo monitor, guiam bicicletas pelas ruas da cidade mirim, sempre obedecendo às leis de trânsito. Este programa já levou conteúdos sobre segurança viária para quase 30.000 crianças de 6 a 10 anos, desde sua implantação.

Além do projeto "Na Pista Certa", a Semutran, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, tem desenvolvido desde 2010 o Programa "Se Essa Rua Fosse Minha" (Editora FAMA), que tem como público alvo alunos dos terceiros, quartos e quintos anos da rede pública e particular. O mesmo é desenvolvido graças ao patrocínio no valor de R$ 70.000,00 da Funenseg (Escola Nacional de Seguros) e já atingiu 7 mil alunos até 2011.

Serviço
Ginásio Municipal de Esportes
Rua Maria Joana Felix Diniz, nº 1545, Vila Auxiliadora

FOTOS: NATHALY SILVESTRE

domingo, 25 de março de 2012

Torre de Hanoi - uma referência para pesquisa dos alunos dos 6ºs anos


História da Torre de  Hanoi
Texto elaborado por Claudio Kirner - 2007, consultando os links relacionados.
 A torre de hanoi, também conhecida por torre do bramanismo ou quebra-cabeças do fim do mundo, foi publicada em 1883 pelo matemático frances Edouard Lucas, com o pseudônimo Prof. N. Claus (de Siam), um anagrama de seu nome.
A publicação dizia que o jogo vinha do Vietnã, sendo popular também na China e no Japão, e acompanhava a caixa do quebra-cabeças.
A publicação também oferecia mais de um milhão de Francos para quem resolvesse o problema da Torre de Hanoi com 64 níveis, seguindo as regras do jogo, indicando que o número de movimentos seria 2 elevado a 64 menos 1 = 18.446.744.073.709.551.615 o que daria cerca de 585 bilhões de anos, se cada movimento fosse feito em 1 segundo.
Edouard Lucas foi inspirado por uma lenda Hindu que falava de um templo em Bernares, cidade santa da Índia, onde existia uma torre sagrada do bramanismo, cuja função era melhorar a disciplina mental dos monges jovens. A lenda dizia que, no início dos tempos, foi dado aos monges de um templo uma pilha de 64 discos de ouro, dispostos em uma haste, de forma que cada disco de cima fosse menor que o de baixo. A atribuição que os monges receberam foi transferir a torre, formada pelos discos, de uma haste para outra, usando a terceira como auxiliar com as restrições de movimentar um disco por vez e de nunca colocar um disco maior sobre um menor. Os monges deveriam trabalhar com eficiência noite e dia e, quando terminassem o trabalho, o templo seria transformado em pó e o mundo acabaria.
Em 1884, outro matemático frances, chamado De Parville, desenvolveu a seguinte história, que também costuma ser associada à Torre de Hanoi.
No grande templo de Benares, debaixo da cúpula que marca o centro do mundo, há uma placa de bronze sobre a qual estão fixadas três hastes de diamante, cada uma com a altura do osso cúbito do braço e tão fina como o corpo de uma abelha. Em uma dessas agulhas, Deus, quando criou o mundo, colocou 64 discos de ouro puro, de forma que o disco maior ficasse sobre a placa de bronze e os outros decrescendo até chegar ao topo. Isto se constituiu na torre do bramanismo. Dia e noite, os monges transferiam incessantemente os discos de uma haste para outra, de acordo com as leis fixas e imutáveis do bramanismo, que exigiam que os monges nunca movessem mais de um disco por vez e nunca deixassem um disco maior ficar sobre um menor. Quando os 64 discos fossem transferidos para outra haste, a torre, o templo e as pessoas seriam transformadas em pó e, com um estrondo, o mundo desapareceria.
O sol está em atividade há cerca de 5 ou 6 bilhões de anos e deverá continuar por igual período, quando entrará em colapso. Nessa fase, a camada de hélio no interior do sol terá crescido bastante e as camadas exteriores expandidas o suficiente para englobar a Terra, destruindo-a. Será o fim do mundo. Depois disso, os gases serão expelidos e o sistema solar será transformado numa estrela anã.
Como a Terra tem cerca de 5 bilhões de anos, devendo durar igual período e a Torre de Hanoi demoraria 585 bilhões de anos para ser resolvida, o mundo realmente acabará, mesmo antes do término do quebra-cabeças. Até lá a humanidade já terá sido extinta ou terá tecnologia suficiente para mudar-se de planeta.
Desde 1883, surgiram muitas edições do quebra-cabeças "Torre de Hanoi". Várias delas, incluindo a edição inicial, podem ser vistas no PuzzleMuseum.





sábado, 17 de março de 2012

Por que as terras da Espanha na América viraram vários países?


Por causa de diferenças nos processos de colonização e de independência. "Ao contrário da América portuguesa, não existiu unidade administrativa na América espanhola", diz a historiadora Libertad Borges Bittencourt, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Isso aconteceu porque a Espanha dividiu seus territórios na América em quatro grandes vice-reinados, além de outras capitanias gerais e intendências. No Brasil, a criação das capitanias hereditárias foi uma experiência parecida. Mas esse sistema não deu certo por aqui e a Coroa portuguesa acabou assumindo diretamente o controle da sua colônia. Já nas terras espanholas a divisão administrativa funcionou tão bem que se tornou difícil de ser revertida após o início dos processos de independência.
As áreas sob domínio espanhol eram administradas por vice-reis, que estabeleceram suas próprias estruturas locais de governo, embora mantivessem a fidelidade ao rei da Espanha. Outro fator importante para a fragmentação dos países foi a maneira como aconteceram as independências nas colônias. "Na América espanhola elas ocorreram em contextos de guerra. As classes governantes locais impuseram a fragmentação, num loteamento de espaço e poder", diz Libertad. Após a independência dos vários países, ocorreram tentativas frustradas de unir as nações recém-nascidas. Esse era um dos ideais do líder revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783-1830).

Quem criou a linguagem de sinais para surdos?


Foi o abade francês Charles-Michel. Na metade do século XVIII, ele desenvolveu um sistema de sinais para alfabetizar crianças surdas que serviu de base para o método usado até hoje. Na época, as crianças com deficiências auditivas e na fala não eram alfabetizadas. O abade fundou, em 1755, a primeira escola para surdos, ensinando o alfabeto a seus alunos com gestos manuais descrevendo letra por letra. Esse método foi, então, aperfeiçoado ao longo dos séculos nos vários países onde foi adotado. "Em 1856, o conde francês Ernest Huet, que era surdo, trouxe ao Brasil a língua de sinais francesa", afirma Moisés Gazale, diretor da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis), no Rio de Janeiro. Essa globalização do sistema foi facilitada pelo fato de os sinais também representarem - além das letras - conceitos como fome ou sono, permitindo a comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades.
Em 1966, o médico americano Orin Cornett deu uma importante contribuição a essa linguagem, unindo a utilização dos sinais com a leitura labial. Hoje, cada país tem sua própria linguagem de sinais para surdos. Todas elas derivam do alfabeto manual francês, mas podem apresentar pequenas variações em função da gramática local. No Brasil o sistema é conhecido como Libras: Língua Brasileira de Sinais.

sábado, 10 de março de 2012

CURIOSIDADE - MULHERES AVENTUREIRAS


Quando nós pensamos em aventureiros e exploradores, é comum imaginar homens sujos, misteriosos e de barba em busca de novas terras ou excitação. No entanto, a história está repleta de mulheres que contrariaram a tendência de ficar em casa e saíram em busca de aventuras.
Conheça dez mulheres que viajaram o mundo e levaram uma vida aventurosa porque queriam expandir seus horizontes, ganhar dinheiro, ou simplesmente porque o tédio não era seu estilo:
1 – LADY HESTER STANHOPE, 1776-1839
Lady Hester nasceu no coração de um estabelecimento inglês, filha do Conde Stanhope Terceiro e sobrinha do futuro primeiro-ministro Pitt, o Jovem.
Lady Hester manifestou seu lado aventureiro no início da vida, quando tentou remar um pequeno barco para a França, que logo foi recapturado. Uma senhora ativa e uma inteligente jovem, ela foi escolhida para atuar como anfitriã do primeiro-ministro em eventos oficiais e, mais tarde, serviu como sua secretária.
Após a morte do primeiro-ministro, ela foi premiada com uma pensão substancial da nação pelo seu serviço. Foi esse dinheiro que lhe deu a liberdade de viajar. Ela partiu para Atenas, onde Lord Byron a recebeu, com um plano de enviá-la a Paris para espionar Napoleão.
Diplomatas britânicos logo acabaram com isso e Lady Hester partiu para o Egito. Quando seu navio lá chegou, ela passou a usar roupas masculinas, um hábito que assumiu a partir desse momento. Mais tarde, Lady Hester explorou o Oriente Médio. Ela se reuniu com o governante do Egito, tratou bandidos, visitou locais bíblicos, e, com tanta hospitalidade árabe, começou a acreditar-se uma rainha para os moradores.
Lady Hester foi a primeira europeia a visitar várias cidades e foi recebida calorosamente por seus governantes. Na cidade em ruínas de Palmira, Lady Hester imaginava que tinha sido coroada rainha do deserto, e nunca perdeu essa crença. Ela passou seus últimos anos em um palácio nas montanhas do Líbano.
2 – ANNIE SMITH PECK, 1850-1935
Peck alcançou sucesso acadêmico na casa dos vinte anos, conforme se graduou em filologia e mostrou uma aptidão especial para o grego antigo. Isto a levou a tornar-se uma das primeiras professoras da América do Norte.
Peck passou um tempo estudando arqueologia na Grécia, a primeira mulher a fazer isso. Ela parecia feliz com sua carreira acadêmica, no entanto, quando tinha 44 anos, começou a praticar alpinismo na Europa, tornando-se a terceira mulher a escalar o Matterhorn.
Retornando para a América, ela passou um tempo escalando na América do Sul, procurando especificamente a montanha mais alta do Novo Mundo. Peck equivocadamente pensou que tinha a encontrado quando se tornou a primeira pessoa a escalar o monte Huascarán. O pico mais tarde foi renomeado em sua honra. Ela escreveu e dissertou longamente sobre suas aventuras e continuou a escalar até a velhice. Em 1909, quando escalou o Monte Coropuna no Peru, plantou uma bandeira no cume onde se lê “Votos para mulheres”.
3 – GUDRIDUR
Gudridur (ou Guðríður) nasceu por volta de 980 d.C. na Islândia, e a sua história de vida vem de grandes sagas islandesas.
Ela percorreu uma distância muito maior do que a maioria das pessoas da época. Gudridur foi levada por seu pai para a colônia da Groenlândia fundada por Erik, o Vermelho, e se casou com Thorstein, filho de Erik.
Junto com seu marido, foi a oeste até um lugar chamado Vinland, agora conhecido como América do Norte, para recuperar o corpo do irmão de Thorstein. Infelizmente, esta expedição foi um fracasso e na viagem de regresso, Thorstein morreu.
Na Groelândia, ela se casou novamente. Com seu novo marido Thorfinnr, ela fez outra tentativa de colonizar Vinland. Os dois anos que essa colônia no Novo Mundo durou estão documentados na Saga da Groelândia.
Gudridur deu à luz ao primeiro filho europeu no Novo Mundo, Snorri. A saga da Groelândia fala de pessoas estranhas, que os colonos chamam de Skraelings, indígenas da área. No início, os nórdicos negociaram com os Skraelings, mas depois ocorreu uma luta que os nórdicos venceram.
Com medo de um ataque maior, os nórdicos se retiraram para a Groelândia. Em algum ponto, Gudridur se converteu ao cristianismo, juntamente com o resto dos nórdicos. Quando seu marido morreu, Gudridur decidiu peregrinar a Roma, onde conheceu o Papa e contou-lhe suas aventuras. Regressando à Groelândia, ela se tornou uma freira e viveu o resto de sua vida como uma eremita.
4 – HARRIET CHALMERS ADAMS, 1875-1937
Harriet Adams herdou seu amor pela vida ao ar livre de seu pai que, sem filhos, a levava para andar de cavalo e caminhar em montanhas.
Aos 14 anos, ela acompanhou seu pai em uma viagem de um ano a cavalo através da fronteira mexicana. Quando se casou com Frank Adams, o casal decidiu não viajar em lua de mel até que pudessem se dar ao luxo de viajar para algum lugar excitante.
Frank, um engenheiro, aceitou um trabalho no México e os dois transformaram isso em uma lua de mel prolongada. Harriet visitou todas as ruínas dos Astecas e Maias, muitas só recentemente descobertas nas florestas.
Harriet ficou encantada com a América Latina e encorajou Franklin a assumir um cargo em uma empresa de mineração, o que permitiria que eles viajassem pela América do Sul. Querendo documentar suas viagens, Harriet aprendeu a tirar fotografias. Suas fotos maravilhosas e sua capacidade de encantar o público a tornou uma das exploradoras mais importantes de sua época.
Ela escrevia muitos artigos para revistas e dava uma série de palestras. Ela é mais conhecida por suas explorações na América do Sul, mas também visitou a Ásia e, na eclosão da Primeira Guerra Mundial, tornou-se uma correspondente de guerra. Como a Sociedade de Geografia não permitia que mulheres fossem membros de pleno direito, ela ajudou a fundar e serviu como primeira presidente da Sociedade de Geógrafas.
5 – FREYA STARK, 1893-1993
Em seu obituário, Freya Stark foi chamada de “a última das viajantes românticas”. Esta reputação tem cimentado sua posição como uma das melhores escritoras de viagens em inglês, e revelado sua longa vida de muita aventura.
Sua infância foi vivida na Itália, embora confinada por doenças por longos períodos. Após um acidente onde seu cabelo ficou preso em máquinas, ela precisou de meses de enxertos de pele, que a mantiveram no hospital. Stark passou seu tempo lendo e ensinando-se latim.
Sua vida de viajante começou no final de 1920. Seu segundo livro, Os Vales dos Assassinos, conta como Freya Stark se tornou a primeira mulher europeia a entrar no Irã. Nas montanhas, ela mapeou a área para os ocidentais pela primeira vez, e viu castelos em ruínas dos Assassinos. Retornando desta aventura, ela publicou o primeiro de quase trinta livros sobre viagens que ainda são lidos até hoje.
Seu conhecimento do Oriente Médio e de línguas foi bem utilizado no combate ao fascismo na Segunda Guerra Mundial. No Egito, ela fundou um grupo pró-democracia para combater a propaganda fascista, disseminada por agentes alemães. Após a guerra, ela continuou suas viagens e escritos até o final de sua vida.
6 – NELLIE BLY, 1864-1922
Nellie Bly nasceu Elizabeth Cochran. Suas aventuras surgiram devido a seu trabalho para o jornal New York World.
O primeiro artigo de Bly foi sobre um asilo de mulheres lunáticas. Fingindo ser demente, Bly foi admitida e conviveu com pacientes confinados numa ilha. A comida era rançosa e as enfermeiras brutais. O artigo que ela escreveu foi um avanço no jornalismo investigativo e levou a reforma de hospitais psiquiátricos.
Sua próxima aventura foi uma das que lhe trouxeram fama mundial. Bly empreendeu-se em um desafio de fazer uma viagem ao redor do mundo em um tempo mais rápido do que os 80 dias de Phileas Fogg.
Ela saiu com um passaporte especial assinado pelo Secretário de Estado em 14 de novembro de 1889. Sua viagem começou com enjoo, mas terminou em triunfo. Na França, ela conheceu Jules Verne, que achava que ela poderia gerenciar a viagem em 79 dias, mas nunca em 75, que era o que ela esperava. Através dos mares, ela atravessou o Canal de Suez, visitou uma colônia de leprosos chineses e comprou um macaco, conseguindo voltar a Nova York em um tempo de 72 dias, 6 horas e 11 minutos.
7 – LOUISE BOYD, 1887-1972
Nascida na riqueza, Louise Boyd usou sua grande herança para explorar as regiões árticas que ela tanto amava.
Boyd seria a primeira mulher a chegar ao Polo Norte, no conforto relativo de um avião, em 1955. Viajando pela Europa depois da morte de seus pais em 1920, ela passou algum tempo em Spitsbergen, onde achou o gelo sedutor. Sua primeira exploração do Ártico foi em 1926, quando ela passou um tempo filmando e fotografando o ambiente.
Foi a sua caça de ursos polares nessa viagem que lhe valeu a alcunha de “Diana do Ártico”. Sua exploração mais famosa foi ajudar na caçada ao reconhecido explorador Roald Amundsen, que tinha desaparecido. Seu avião cobriu mais de 16 mil quilômetros na busca, mas Amundsen nunca foi encontrado.
Por seus esforços, Boyd tornou-se a primeira mulher não norueguesa a ser condecorada com a Cruz de Cavaleiro da Ordem de Santo Olavo pelo rei Haakon VII. Ela voltou para os EUA e liderou cinco expedições a Groelândia pelas quais foi homenageada pela Sociedade de Geografia. Uma área da Groelândia foi nomeada terra de Louise Boyd em sua homenagem.
8 – KIRA SALAK, 1971 ATÉ HOJE
A Idade de Ouro da aventura para as mulheres pode parecer ter passado, mas ainda há um grande mundo lá fora para elas.
Kira é uma escritora e aventureira profissional. Após graduar-se em literatura e escrita de viagem, ela atravessou Papua Nova Guiné. Esta experiência se transformou em seu livro “Four Corners” (Quatro Cantos). Desde então, ela tem escrito numerosos artigos e visitado o Peru, Irã, Butão, Mali, Líbia e Birmânia, entre outros lugares.
Talvez sua exploração mais ousada tenha sido no Congo, no rastro de gorilas da montanha. Salak foi contrabandeada para o país por ucranianos. Seu artigo premiado sobre a viagem dá uma visão clara de um país com muitos problemas humanos.
Na cidade de Bunia, Salak encontrou-se com algumas das crianças-soldados das milícias locais. Não há nenhum charme das aventureiras britânicas vitorianas em sua escrita. As viagens chocantes de Salak revelam um mundo que nós, vivendo em uma era de “aventuras” fáceis, não conhecemos.
9 – MARY KINGSLEY, 1862-1900
Mary Kingsley nunca foi formalmente educada, mas ajudava seu pai viajante em suas pesquisas. Seu pai a colocou para trabalhar fazendo anotações para seu estudo comparativo de religião, e quando ele morreu, este foi deixado inacabado.
Sem qualquer direção, mas com uma herança na mão, Kingsley decidiu continuar o trabalho de seu pai, estudando as religiões da África Ocidental. Quando ela pediu a especialistas noções de onde ela deveria viajar, lhe aconselharam a não ir, mas se ela fosse, que trouxesse de volta amostras biológicas.
Então, ela partiu com uma pequena quantidade de bagagem, coletando amostras por onde passava, e com um livro de frases úteis para tentar se comunicar.
Kingsley fez duas viagens para a África Ocidental e as descreveu no livro “Viagens na África”. Ela trouxe amostras de flora e fauna para a Inglaterra, e três espécies de peixes foram nomeadas em sua honra.
Mas a real importância de suas viagens foi em difundir uma visão um pouco mais esclarecida da África do que a que existia na época. Segundo ela contou, os nativos não eram selvagens esperando para serem trazidos para os padrões europeus, mas tinham mentes independentes e culturas próprias. Ela morreu na África do Sul de febre tifoide, enquanto tratava os feridos na da Segunda Guerra dos Bôeres.
10 – GERTRUDE BELL, 1868-1926
Gertrude Bell foi muitas coisas em sua vida, mas é mais lembrada hoje por seu papel na formação da nação do Iraque após a Primeira Guerra Mundial.
Bell tem muitas estreias ateadas ao seu nome: ela foi a primeira mulher a receber um diploma de primeira classe em História pela Oxford e a primeira mulher a escrever um artigo para o governo britânico. Ela viajou ao redor do mundo duas vezes.
Uma vez, enquanto praticava alpinismo na Suíça, pegou uma nevasca e passou dois dias pendurada em uma corda.
A verdadeira vocação de Bell veio quando ela viajou para Teerã para visitar seu tio. No Oriente Médio, ela aprendeu sozinha as línguas locais e estudou arqueologia. Muitos arqueólogos do Oriente Médio na época também serviam como agentes de inteligência, como T.E. Lawrence, que ela conheceu em uma escavação.
Em 1915, ela trabalhou com Lawrence novamente no Cairo. O conhecimento de Bell do Oriente Médio foi usado para ajudar os movimentos do exército britânico durante guerras. Quando ela foi para Basra, fez contatos com muitos locais importantes.
Também conheceu os futuros reis Abdullah e Faisal.
Na conferência pós-guerra sobre o mandato britânico no Oriente Médio, Bell empenhou-se em conquistar um governo autossuficiente e ajudou a aconselhar o rei Faisal.
Ela foi enterrada em Bagdá, a capital de um país que ajudou a criar.