Cada vez mais, os notebooks, PCs e outros dispositivos ficam mais finos, tanto que podem passar por debaixo de uma porta.
Claro que isso não é nenhuma surpresa: temos visto os computadores “emagrecerem” desde as primeiras invenções, dos gigantes do tamanho de uma sala até a introdução dos primeiros PCs nas décadas que se seguiram.
Mas, por um tempo, foram adicionados constantemente recursos nos notebooks e PCs, como espaço em disco rígido, drives óticos, cartões de memória, etc.
Agora, conforme o armazenamento migra para servidores online, e a mídia e os downloads ficam mais atrativos e prováveis em relação a um disco de DVD, muitos desses recursos estão diminuindo ou sendo vetados totalmente.
Conclusão: os consumidores estão favorecendo tamanho e portabilidade, ao invés de uma máquina pesada “faz de tudo”.
Os especialistas confirmam que tamanho certamente será um importante fator quando o consumidor for comprar seu próximo PC ou notebook.
Sendo assim, nos últimos anos, temos visto computadores ultraportáteis, como o MacBook Air, da Apple, que vem sem unidade ótica a fim de manter sua silhueta fina. O mesmo ocorre com o Mac Mini, que também perdeu o drive ótico em sua última iteração. E, agora, surgiram boatos de que a Apple está trabalhando em notebooks ultrafinos, de 15 e 17 polegas, que devem chegar ao mercado até o fim do ano.
Outra tendência observada é o favorecimento do armazenamento flash, em unidades de estado sólido, um tipo de dispositivo sem partes móveis para armazenamento não volátil de dados digitais, ao invés dos conhecidos drives de disco rígido (HDs), mais espessos e propensos a falhas.
Embora os drives sólidos sejam atualmente mais caros do que os HDs com capacidade similar, eles oferecem mais benefícios do que apenas ter um tamanho menor: são mais silenciosos, menos vulneráveis a choques físicos, têm menos latência e tempo de acesso mais rápido. Dessa forma, provavelmente se tornará mais e mais prevalente em notebooks e computadores.
O armazenamento em nuvem é um outro fator que permitirá aos computadores perder algumas gramas. Há uma variedade de soluções de armazenamento em nuvem que os clientes podem usar, em vez de baixar arquivos em seu dispositivo real.
Se nossas músicas, fotos e documentos estiverem armazenados na “nuvem”, a necessidade de armazenamento no aparelho em si torna-se cada vez mais irrelevante e desnecessária.
O Chromebook do Google leva esse conceito tão ao extremo que elimina quase tudo, a não ser sua capacidade de se conectar a internet. Apesar de um dispositivo como esse não estar completamente pronto para o mercado de massa hoje, fica claro que essa é a direção que estamos tomando.
Mas seria essa tendência uma coisa boa? Como tudo na vida, existem desvantagens.
Os especialistas dizem que a melhor maneira de se ter dispositivos finos é integrando tantos componentes quanto for possível em uma única placa: isso mantém uma espessura mínima, mas também afeta a capacidade de atualização, reparabilidade, e as características do dispositivo.
Sendo assim, esses dispositivos mais finos também se tornam dispositivos descartáveis. Os consumidores são mais propensos a jogá-los fora quando ficam velhos, ao invés de tentar consertá-los ou atualizá-los, o que sem dúvida poderia levar a problemas ambientais no futuro.
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