Por Tarso Araújo
Não, e encontrá-la é
um dos maiores objetivos da cosmologia, ciência que estuda o Universo. "As
observações sugerem que ele seja infinito, mas os dados não são totalmente
confiáveis", diz o astrônomo Roberto Boczko, da USP. Com base na Teoria da
Relatividade, os cientistas bolaram uma fórmula para estudar os limites do
Cosmos. Depois de milhões de cálculos malucos, a conclusão foi a seguinte: se a
densidade do Universo for menor do que 0,00188 g/cm3, ele é infinito. Como não
dá para medir (nem pesar) o Universo inteiro, os astrônomos calcularam a
densidade de partes conhecidas e a assumiram como representação de todo o
espaço. Como os valores alcançados eram até cinco vezes menores do que o tal
0,00188 g/cm3, a conclusão inicial é de que o Cosmos é infinito. Mas o estudo
ainda está engatinhando. "Nas partes do espaço que estudamos, podem haver
coisas que não conseguimos medir, como buracos negros. E algumas teorias
estimam que conhecemos apenas 5% do total", diz Boczko. A descoberta dos
demais 95% pode mudar radicalmente os dados atuais e apontar para um Universo
finito. Se isso acontecer, vem outra dúvida: o que vem depois do Universo?
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/existe-alguma-prova-de-que-o-espaco-sideral-e-infinito
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