
Depois de dez anos, sete sequências e algumas críticas dos fãs da obra original de J.K. Rowling, o desfecho cinematográfico da saga “Harry Potter” poderia desapontar as altas expectativas do público ao mínimo deslize. Mas a conclusão da história do “garoto que viveu” surpreende positivamente, comove, entristece e tira o fôlego. A parte 2 de “Harry Potter e as Relíquias da Morte” começa com gosto de final trágico. A cena de Voldemort encontrando a Varinha das Varinhas é sucedida por um rasante em Hogwarts acinzentada e sombria, rodeada por comensais da morte, em uma cena embalada por uma canção semelhante a um lamento. Em um dos primeiros diálogos, quando Harry pergunta ao duende Grampo como ele está e ouve em resposta apenas um nada apaziguador “Vivo”, é dado o tom de todo o filme. Harry, Hermione e Ron precisam encontrar as demais horcruxes – que eles não sabem onde estão – e descobrir como destruí-las para que, então Harry possa derrotar Voldemort. Mas, até que todos os feitos sejam concretizados, com êxito ou não, outros pequenos desfechos acontecem, e alguns pontos desamarrados são explicados. Por que Severo Snape traiu Alvo Dumbledore e quem estaria por trás de pequenos auxílios como o aparecimento da espada de Grifinória são algumas das questões que ficaram em aberto nos últimos filmes, e elas são explicadas de maneira plausível e surpreendente na adaptação cinematográfica. Além disso, alguns romances entre alunos de Hogwarts que estavam no ar há tempos finalmente passam do âmbito platônico para a realidade. São esses momentos de beijos e reencontros que dão leveza a um filme com cenas de devastação, mortes trágicas e personagens importantes feridos. O diretor David Yates não teve a menor intenção de poupar os fãs, e as cenas conseqüentes aos conflitos são dramáticas, pesadas e prometem arrancar muitas lágrimas dos espectadores.

Fonte: http://jovem.ig.com.br/cultura/filme/saga+harry+potter+tem+desfecho+epico/n1597070755318.html
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